
Esteganografia e Anti-estenagografia
O jornal Folha de São Paulo de 10 de março de 2008 trouxe a seguinte nota:
"Você nunca mais verá a Hello Kitty com olhos inocentes. A culpa é do traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía. Quando foi preso em São Paulo, em agosto do ano passado, os delegados da Polícia Federal ficaram intrigados com a quantidade de imagens da gatinha japonesa que ele guardava nos computadores. Eram quase 200 imagens, quase todas enviadas por e-mail. A surpresa maior foi a descoberta de que a Hello Kitty não era só uma Hello Kitty. Havia mensagens de voz e de texto escondidas nas imagens. Algumas delas podem mudar o destino de Abadía no Brasil: elas contêm ordens para movimentar cocaína entre países e para sumir com pessoas na Colômbia, segundo análise feita pelo DEA, a agência antidrogas dos EUA. Para os americanos, Abadía continuou a comandar o tráfico na Colômbia mesmo após se mudar para o
Brasil. (...)"
A primeira técnica que vamos conhecer é a esteganografia e tem a ver com este episódio. Repare pelo texto que a desconfiança da polícia só ocorreu devido a inusitada quantidade e tipo de imagem que o traficante escolheu. Se usasse imagens na forma de assinatura, logotipo e até imagens invisíveis é quase certo que não despertaria a desconfiança da polícia.
Esteganografia é uma palavra de origem grega que quer dizer escrita escondida: Stegano (oculto) + Graphía (escrita). Em informática é uma técnica que consiste em ocultar mensagens em arquivos, sendo o mais comum a ocultação em arquivos de imagens.
Enquanto a criptografia deixa a mensagem ininteligível, necessitando descriptografar, a esteganografia não muda a mensagem, apenas a torna oculta dentro de algum arquivo e até mesmo num texto:
ABRAÇOS