domingo, 31 de maio de 2009

FUNASA!!!!MAIS ANTES!!!!!

VAMOS COMEÇAR AS DICAS PARA OS ALUNOS DA FUNASA..MAIS ANTES!!No artigo de hoje, eu vou comentar uma notícia perturbadora que recentemente saiu, até diria de forma “leviana”, na imprensa recentemente: o Linux passará a ser “cobrado”, ou seja, será exigido um “pagamento” para o Linux!

Mas antes de começar... (ê... tava bom demais para ser verdade!)... Eu gostaria de agradecer aos meus alunos de Porto Alegre, que me enfrentaram no final de semana passado no Curso Márcia Oliveira para um Curso de resolução de exercícios e aos meus alunos de São Paulo, que passaram o Feriado de Nossa Senhora Aparecida comigo, no Uniequipe, sendo apresentados ao Linux. O carinho de vocês é algo que carrego sempre comigo, em meu coração... Vocês fazem com que eu me sinta em casa sempre que estou longe da minha casa verdadeira, em Recife! Obrigado sincero!

Bem, para começar rapidamente, Linux é o nome dado ao Kernel (núcleo) de um sistema operacional semelhante ao UNIX, um sistema operacional muito robusto e, por muitos, considerado o melhor do mundo (não, sinto muito, o Windows não chega nem perto deste pódium). O Linux foi criado pelo Finlandês Linus Torvalds.

O Linux é um programa de computador regido pela GPL (Licença Pública Geral) – que é uma “legislação” que regulamenta a forma de distribuição de programas de computador. A GPL garante aos usuários de softwares regulamentados por ela o direito de usar, estudar, alterar e distribir livremente tais softwares. O Linux é prefeitamente alterável e copiável (não há a idéia de pirataria de softwares no “mundo do software livre”).

Como é alterável e copiável, garantindo o direito a qualquer um de distribuí-lo, o Linux pode ser encontrado sob várias denominações: as “distribuições” Linux. Essas “distribuições” são, na verdade, o mesmo Kernel (centro) com vários programas auxiliares, como jogos, programas de escritório, etc.

Eu costumo dizer que as distros (distribuições, para os íntimos) são “sabores” diversos do mesmo prato (o Linux). Cada empresa que deseja distribuir o Linux sob sua marca deve ter acesso ao seu código-fonte (a receita de como o Linux foi feito), que está acessível na Internet (www.kenel.org) e, alterando alguns aspectos e adicionando outros, criar “seu próprio sistema operacional Linux”.

Aqui no Brasil, as distros mais usadas são o Conectiva Linux (agora Mandriva) e o Kurumin (excelente para iniciantes, eu recomendo).

O Linux tem tudo para ser a principal vedete nos proximos anos em concursos porque o fato de ser livre permite sua utilização a custos muito reduzidos nos diversos órgãos das várias escalas de Governo. Eu acredito que logo logo (talvez não agora exatamente, embora já tenha havido provas com esse assunto), o Linux seja encontrado em provas a torto e a direito.

Mas essa novidade (o fato de ser necessário um pagamento pelo uso do Linux) pode assustar o governo e aqueles que pretendiam aproveitar-se da liberdade (e conseqüente economia) que o Linux proporciona.

Antes de tudo: CALMA! O Linux não passará a ser pago! O pinguin não se rendeu ao capitalismo! Não “baixou” o “cabôco Mensalão” no pessoal do software livre...

Linus Torvalds, criador e principal mantenedor do Linux, junto com a “cúpula”, resolveu que a marca LINUX deveria, sim, ser cobrada e que, ao uso desse nome, fosse atrelado um “pagamento”. Mas não seremos nós, os usuários, nem o governo (que é apenas usuário também) que pagará tais licenças... O pagamento é exigido apenas por distribuidores (as empresas e pessoas que “modificam” o Kernel, ou juntam-no a outros programas, formando as distribuições).

Ainda tem mais: só será exigido o pagamento desta licença se a empresa em questão FATURAR com o Linux. Isso significa que só haverá pagamento para empresas que vendem distribuições do Linux ou serviços para tal sistema. Ou seja, se o Governo Federal resolver modificar o Linux e criar uma distro “BR-Linux” ou “Linux GOV”, por exemplo, para instalar nos computadores de seus órgãos e nos computadores do projeto de Inclusão Digital, isso será considerado FAIR USE (Uso justo), que é isento de pagamento.

Se você, usuário, resolve criar uma distribuição sua, ou se você usa o nome Linux em seu site (como www.ajudalinux.com.br, por exemplo), e esses têm finalidade de promover o uso do sistema do pinguin, isso é Fair Use também! Vá em frente sem medo de ser feliz!

Aí você retruca: “Ei, mas assim, as distribuições serão cobradas, para fazer valer o que se paga de licença!” - Bom, em primeiro lugar, o Linux não é gratuito (as distribuidoras podem cobrar por suas distribuições, mas não podem limitar o direito de distribuir que os usuários que adquirem o Linux possuem) e em segundo lugar: o valor da licença que se vai pagar pelo nome Linux é irrisório: algo em torno de U$ 200,00 para uma empresa com faturamento de até U$ 100.000,00 (isso: duzentos dólares para uma empresa que fatura até cem mil dólares) – esse valor é anual! (é quase “um trocado”, sinceramente!).

Portanto, o Linux vai continuar tão acessível quanto é hoje, mas apenas com mais restrição a quem pode “fazer” linuxes por aí! A razão que levou Linus Torvalds e os mantenedores da marca Linux a tomarem essa decisão é tornar mais “seletivo” e “criterioso” o uso do nome, fazendo cair por terra mais um motivo de desconfiança que se tinha no sistema.

Não tenham medo dele, não temam essa mudança... O Linux continuará GPL, ou seja, completamente LIVRE! Além disso, sempre haverá aquelas distros gratuitas na Internet e aqueles Linux que aparecem todo mês nas revistas especializadas... em suma: vai ficar tudo na mesma para os usuários finais!

Já respondendo às perguntas que podem surgir quanto a isso: “João, você aposta em Linux nessa prova da Receita Federal?”

Eu, particularmente, não acredito nesta prova com Linux, mas já acredito que enfrentaremos perguntas de OpenOffice: a prova do MPOG, para analista, recentemente realizada, já contemplava questões do concorrente do Microsoft Office. Para baixar o OpenOffice, acesse www.openoffice.org.br e solicite o download do programa para Windows em Português do Brasil (pt_br é como é chamado o idioma). Instale o programa e veja que não há muitas diferenças de aprendizado entre ele e o Office manjado da Microsoft, embora essas poucas diferenças possam se tornar o principal motivo de erros em questoes, não é?

Bem, por hoje é só! Volto ainda essa semana com o restante da correcao da prova do NCE realizada em Manaus.

Que Deus abençoe a todos!

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